Dando alma à casa

Me dei conta que sem querer criei um pequeno altar com objetos que mais do que enfeitar a casa, enfeitam minhas memórias, tornam a casa um lar.

Comprei esse girassol ontem.

Ele olhou pra mim e pediu pra ir para casa (aprendi isso com meu irmão).

Ele está aqui em um aparador improvisado na minha sala, que como eu, segue em constante construção e descontração.

Olhei para ele agora e, para além de sua indiscutível beleza, vi alguém que alegra, e muito o coração. Já fiz essa conexão.

E me dei conta que sem querer criei um pequeno altar com objetos que mais do que enfeitar a casa, enfeitam minhas memórias, tornam a casa um lar. Um quadro da minha avó, um vaso e uma caneca da minha mãe, incensos do meu irmão, flor que lembra a amiga.

Algum decorador profissional poderia dizer que não combina, mas olhando para tudo isso junto, percebi que não se trata de decorar uma casa. Mas de dar a ela alma e vida.

A vida do meu coração.

Protagonismo não combina com reclamação

Hoje de manhã, durante meus estudos, fiquei refletindo sobre algo que li em minhas anotações, e uns pensamentos que tive sobre reclamação e protagonismo.

Quando alguém reclama de algo, o que a pessoa no fundo quer é que alguém resolva aquilo pra ela. Chama a atenção pra algo que ela julga ser um problema na tentativa de que seja resolvido ou, no mínimo, uma validação pro mimimi.

A questão é que a reclamação, além de ser chato, pesado, que dá preguiça, tira do reclamão a possibilidade de ser protagonista na própria vida.

Se eu reclamo, esperando que alguém resolva, eu passo as rédeas da situação pro outro. Logo, quem tem o poder? O poder está com quem resolve. E quando desejamos que alguém resolva nossas tretas, perdemos uma grande chance de estar no centro do palco. Viramos coadjuvantes, lá no cantinho da cena.

Ser protagonista é o que nos possibilita ser grandes na nossa história.

Primaverar

É a nossa chance de escolhermos o que queremos plantar, o momento de arar a terra do nosso coração, dos nossos pensamentos e ações para que os nossos desejos possam florescer.

Piscamos os olhos e de repente é setembro. Piscamos de novo, o inverno se foi. A primavera chegou. Fomos flores e frutos, e por fim, nossas folhas secaram, caíram e nos recolhemos. Ainda que este último inverno não tenha trazido tantos ventos gelados ou muitas noites frias, a natureza nos ensina que o inverno é tempo de recolhimento, de nos voltarmos para dentro.

Agora, a natureza, e nós junto dela, vemos mais um ciclo findar e outro começar. É a nossa chance de escolhermos o que queremos plantar, o momento de arar a terra do nosso coração, dos nossos pensamentos e ações para que os nossos desejos possam florescer.

A expectativa pela chegada da primavera sempre traz a promessa de um novo começo, a vontade de finalmente mudar o que precisa ser mudado; é o momento no qual as esperanças se renovam e sentimos que é chegada a hora de “gerar movimento”. Esperança do verbo esperançar, ativar, entusiasmar.

Sinto a primavera como um ano novo, não aquele do calendário, mas um novo ano do coração e da alma, como se a vida nos dissesse que tudo está bem, que sempre está tudo bem, e que basta encarar as coisas sob uma nova perspectiva, deixar de carregar pesos que somente nos atrasam e machucam e tentar encontrar um pouco mais de leveza e beleza nos nossos dias.

A primavera me diz que somente risadas, bons sentimentos, aprendizados e lições, gente querida, momentos bem vividos, e a busca incessante e com amor pela descoberta do nosso verdadeiro propósito merecem ser acumulados. Todo o resto, aquela bagagem velha que nos impede de ser quem verdadeiramente somos, já passou da hora de deixar para trás.

É essa promessa de frescor, de renovação, algo como a véspera do dia do aniversário, uma sensação de festa e alegria, de vida fértil, explodindo em aromas e cores, que nos dá uma certeza de que as possibilidades são realmente infinitas.

Seja bem-vindo equinócio! Seja bem-vinda primavera! Sejamos bons um com outro e me permita semear em teus dias as sementes dos meus sonhos.

Com carinho,

Lívia Carolina

Tudo Novo de Novo

Simplesmente pela grande magia que é escrever.

Quantas vezes nos sentimos inadequados por querer fazer alguma coisa que ninguém mais está fazendo, porque não está mais na moda, ou por tantas outras razões que agora não consigo me lembrar.

Explico. Pensa e responda rápido: você conhece alguém que ainda escreve blogs? Pois é. Eu também não. 

Esse foi o primeiro pensamento que tive logo depois da ideia que brotou na minha cabeça: escreva, volte a escrever, escreva um blog.

A ideia veio, linda, reluzente, com letreiro em pisca-pisca (visualizou?). É isso! Vou escrever. Animei, entusiasmei. Depois esfriei. Veio aquele sentimento malandro de inadequação. Em 2023, quem lê blog, Lívia Carolina? Você. Você lê. Você escreve e você lê. Relutei. Sabe a mente contando mil historinhas. Pedi um sinal. Abri o Netflix, escolhi um filme de forma aleatória e advinha só? Não é que a protagonista escrevia. Ainda assim, hesitei.

Nessase passaram dias e dias, no mínimo quinze – no mínimo. E a aba do blog lá no meu computador, aberta, parada. E por quê? Oras, você precisa de um tema, um nome, um layout bonito, e toda essa conversa que a resistência nos conta para que a gente não avance no que quer que seja.

Corta para hoje. 23 de setembro de 2023. 

Não sei se foi a lua crescente, a chegada da primavera, a vida me testando, ou tudo isso acontecendo ao mesmo tempo, cá estou eu. De novo. Tudo novo de novo.

Deixar os pensamentos brotarem, as ideias fluírem, fazer uma ciranda com as palavras.

Expressar emoção.

Não sei qual é o número desse blog (tive uns 5,6, já não lembro). Todos com nomes pensados, layout, redes sociais, etc e etc. E cada um deles foi ficando pelo meio do caminho. Nunca deixei de gostar de escrever mas fui me cansando deles porque foram se tornando obrigações – e por outras cositas que tive aoportunidade de refletir ao longo de todo esse tempo longe disso que tanto me alegra: escrever simplesmente pelo prazer e pela alegria de escrever. Deixar os pensamentos brotarem, as ideias fluírem, fazer uma ciranda com as palavras. Expressar emoção.

Nome: Meu Blog.
Layout: o primeiro que encontrei aqui no blogger.
Um blog sobre… o quê eu tiver vontade de escrever. Quando eu tiver vontade de escrever.

Simplesmente pela grande magia que é escrever.

Com carinho de mim pra mim, e pra você que por acaso passar por aqui,

Lívia Carolina!